O tabaco aquecido é uma tecnologia de consumo de nicotina com risco reduzido já comercializada em mais de 60 países incluindo o Reino Unido, Japão e Estados Unidos, produtos que figuram paralelamente com os cigarros eletrônicos em alguns mercados e que de acordo com pesquisas mundiais possuem cerca de 80 a 85% menos danos do que o cigarro convencional.
Ainda quase exclusivos da indústria tabagista, mas que já possuem modelos sendo fabricados por empresas independentes Chinesas, recentemente foi aprovado para comercialização no Uruguai, que mantinha a proibição da venda destes produtos desde 2009.
O avanço científico e tecnológico destes produtos foram cruciais para que o governo uruguaio excluísse o banimento dessa alternativa no País, enquanto os cigarros eletrônicos continuam sem aprovação.
A decisão aconteceu no dia 23/03 depois de o governo excluir a proibição vigente baseando-se na diferenciação entre tabaco aquecido e cigarro eletrônico. Segundo o Poder Executivo uruguaio, é necessário considerar que os produtos de tabaco aquecido têm validação científica o suficiente para justificar o fim da proibição.
Apesar de ser uma vitória do ponto de vista da saúde pública do país, que terá agora à disposição uma alternativa muito menos destrutiva do que o tabagismo, ainda assim é curioso que os cigarros eletrônicos continuem banidos já que representam um ganho ainda maior de cerca de 95% menos danos quando comparados com o tabaco convencional.
No Brasil, o assunto está na agenda regulatória da Anvisa que, inclusive, já realizou audiências públicas para a modernização da Norma e tem previsão para conclusão do tema ainda este ano.
Uma pesquisa realizada pela consultoria internacional Povaddo em dezembro de 2020 em 20 países, incluindo o Brasil, revelou que 91% dos fumantes brasileiros – regulares ou ocasionais – teriam mais chance de optar por produtos alternativos se tivessem clareza sobre as diferenças entre eles e os cigarros, além de ter acesso à ciência por trás das soluções .
O levantamento revelou ainda, que 85% dos brasileiros acreditam que os adultos fumantes devem ter acesso e informações precisas sobre alternativas sem fumaça que estão cientificamente comprovadas como sendo melhores opções do que continuar fumando.