Rio de Janeiro terá seminário discutindo a importância da regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil

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Acontece no próximo dia 25 de Julho no Rio de Janeiro, à partir da 9:30h, o seminário Cigarros Eletrônicos – Redução de Riscos e a Importância da Regulamentação, com a presença de especialistas em economia, pesquisa, saúde e direito, incluindo um consumidor dos produtos e uma ex-diretora da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

O evento é organizado pelo O Globo, com transmissões ao vivo em diversas plataformas, pelo Youtube e Facebook do O Globo e também pelo Facebook e Linkedin do jornal O Valor Econômico, destinado exclusivamente a maiores de idade.

A apresentação do projeto diz:

A regulamentação dos cigarros eletrônicos pode trazer não apenas uma alternativa de risco reduzido para adultos fumantes, como também um cenário com regras definidas para fabricação, fiscalização e comunicação, além de coibir o crescente mercado ilegal e arrecadar impostos no Brasil. Neste seminário, vamos reunir especialistas para debater a regulamentação no país.

O tema é abordado em um momento de grande preocupação para a saúde pública brasileira. O comércio de cigarros eletrônicos é ilegal desde 2009, mas ao longo dos anos os brasileiros mostraram grande interesse pelos produtos, cuja posse ou uso nunca foram proibidos, o que resultou em um mercado ilegal espalhado pelo país. De acordo com um levantamento do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), em 2022 já são mais de 2,2 milhões de consumidores adultos brasileiros e 6 milhões de adultos fumantes que já experimentaram o produto.

Cigarros eletrônicos são oferecidos através de sites, tabacarias, postos de gasolina e até por ambulantes, sem estar sujeitos a qualquer regra sanitária ou compromisso com a qualidade e segurança, o que representa um alto risco para a saúde dos consumidores, especialmente jovens que estão tendo acesso livre aos produtos, com dados recentes publicados pelo O Globo mostrando que 1 em cada 4 adolescentes já experimentaram vaporizadores no Brasil.

Mais de 80 países já optaram pela regulamentação desses produtos, entre eles a Inglaterra, que adotou os cigarros eletrônicos como política de saúde pública e seu Ministério da Saúde lançou em abril deste ano o programa “Swap to Stop” (Trocar para parar) que prometeu distribuir 1 milhão de kits de vaporizadores para incentivar adultos fumantes a abandonar os cigarros convencionais.

A Suécia é outro exemplo de que a regulamentação dos cigarros eletrônicos parece ser a melhor opção. O país está prestes a comemorar o feito de se tornar o primeiro do mundo a ser considerado “livre do fumo”, atingindo o índice de 5% de prevalência no tabagismo, feito realizado 17 anos antes do prazo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde.

A decisão destes países se baseia no que a ciência tem mostrado em relação a redução dos danos à saúde que estes produtos oferecem em comparação com os cigarros tradicionais. Em setembro de 2022 foi divulgada a maior revisão de estudos científicos sobre o tema, encomendada pelo Ministério de Saúde Inglês e conduzida pelo King´s College London, concluindo que, quando regulamentados e sujeitos a regras sanitárias adequadas, vaporizadores são 95% menos prejudiciais do que os cigarros convencionais, representando apenas uma fração dos riscos de fumar.

Os resultados nesses países têm se mostrado extremamente positivos: milhões de fumantes estão trocando os cigarros convencionais pelos vaporizadores, resultando em índices muito menores de doenças atreladas ao tabagismo, além do uso por jovens ser pequeno e controlado. Também existem significativos ganhos econômicos, já que movimentam uma grande economia que gera empregos e paga impostos. De acordo com um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), o cenário atual tira do Brasil cerca de R$ 16 bilhões em faturamento anual, entregue atualmente a um mercado ilegal.

O evento contará com a participação de especialistas como a Dra. Érika Suzigan, médica fisiatra; Márcia Cavallari, CEO do instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec); João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG; Carolina Fidalgo, advogada; Miguel Okumura, consumidor e criador do Vaporacast; e Dra. Alessandra Bastos, farmacêutica, ex-diretora da Anvisa e consultora da BAT Brasil. O debate terá a abertura de Lauro Anhezini Junior, chefe de assuntos regulatórios e científicos da BAT Brasil e a mediação do jornalista Edward Pimenta, diretor do G.Lab, estúdio de conteúdo da Editora Globo.

O evento é gratuito, inscrições e perguntas podem ser realizadas através do site:

https://oglobo.globo.com/projetos/seminariocigarroseletronicos/

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