Trabalho de Clayton R Critcher, Michael Siegel
Artigo original: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34304940/
Cobertura na mídia: Vaping não causa ataques cardíacos, constata estudo, refutando afirmações anteriores
“Não há evidências confiáveis de que o uso de cigarro eletrônico esteja associado a um infarto do miocárdio entre os que nunca fumaram. Ao contrário das preocupações de que os danos associados aos cigarros eletrônicos só agora estão surgindo após mais anos de possível uso do produto, a única evidência de variação dependente do tempo na associação entre o uso de cigarros eletrônicos e infarto do miocárdio contraria essa possibilidade. A comunidade científica deve insistir que os pesquisadores se envolvam na comunicação pública precisa das descobertas revisadas por pares.”
Conteúdo
Abstrato
Introdução
Análises transversais sugeriram que o uso de cigarro eletrônico, independente do uso de cigarros combustíveis, eleva o risco de infarto do miocárdio. Pesquisadores anteriores confundiram as suposições de seus próprios modelos de que esses riscos eram independentes com a ideia de que suas análises validavam a presença de riscos independentes. Este estudo evita essa armadilha.
Métodos
Análises transversais das Pesquisas Nacionais de Saúde de 2014-2019 (N = 175.546) foram realizadas em 2020.
Resultados
As regressões logísticas descobriram que o uso de cigarro eletrônico estava associado ao infarto do miocárdio, mas essa associação variou significativamente com base no histórico de tabagismo. Com uma série de variáveis demográficas e clínicas controladas, o uso de cigarro eletrônico foi associado à ocorrência de infarto do miocárdio ao longo da vida apenas entre os fumantes atuais. Uma análise contrafactual primeiro removeu todos os cigarros eletrônicos (atuais ou antigos) usando entrevistados que sofreram um infarto do miocárdio sem histórico de tabagismo. O modelo de efeitos independentes usado em pesquisas anteriores indicou erroneamente que o vaping diário aumenta as chances de nunca fumantes terem tido um infarto do miocárdio em 1,55 (95% CI = 1,11, 2,15), embora nenhum desses sofredores de infarto do miocárdio permanecesse nos dados analisados.
Conclusões
Não há evidências confiáveis de que o uso de cigarro eletrônico esteja associado a um infarto do miocárdio entre os que nunca fumaram. Ao contrário das preocupações de que os danos associados aos cigarros eletrônicos só agora estão surgindo após mais anos de possível uso do produto, a única evidência de variação dependente do tempo na associação entre o uso de cigarros eletrônicos e infarto do miocárdio contraria essa possibilidade. A comunidade científica deve insistir que os pesquisadores se envolvam na comunicação pública precisa das descobertas revisadas por pares.