Trabalho de David Zepeta Hernández, Angelica Susana López Arellano, Erika Mayte Del Angel Salazar, Nazaria Martínez Díaz
Artigo original: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39423090/
“Os cigarros eletrônicos estão amplamente disponíveis e comercializados em diversos pontos de venda no México. O alto número de lojas, marcas de líquidos e cigarros eletrônicos indica o descumprimento das regulamentações existentes.”
Abstrato
Introdução: Políticas restritivas sobre cigarros eletrônicos não permitiram a caracterização da venda desses produtos de tabaco nos países onde são implementadas, pois acredita-se que não há lojas. No entanto, o uso de cigarros eletrônicos persiste nesses países.
Métodos: Foi realizada uma análise de conteúdo dos pontos de venda de cigarros eletrônicos pela internet no México. Um estudo transversal. Foram realizadas buscas estruturadas no mecanismo de busca Google Maps com os termos “loja de cigarros eletrônicos” e “loja de vape”, em combinação com o nome de cada estado do México, no período de outubro de 2021 a fevereiro de 2022.
Resultados: Um total de 695 lojas de cigarros eletrônicos foram localizadas, das quais 481 (69,2%) eram lojas físicas, 207 lojas híbridas (29,8%), 4 lojas online (0,6%) e 3 (0,4%) máquinas de venda automática. Foram identificadas 316 marcas de cigarros eletrônicos e 578 marcas de líquidos de vape. A estratégia de atração de vendas mais utilizada foi o frete grátis dos produtos (85,8%). As lojas usaram WhatsApp (92,5%), Facebook (86,3%) e Instagram (74,4%) para promover seus produtos. Apenas 35,1% das lojas verificavam a idade de seus clientes, das quais 95,9% perguntavam se o cliente era maior de idade e 4,1% perguntavam a data de nascimento. Além disso, 25,6% das lojas alertaram sobre o vício em nicotina e 24,2% especificamente sobre os ingredientes dos líquidos.
Implicações: O consumo de cigarros eletrônicos aumentou globalmente, mesmo em países com regulamentações restritivas. No entanto, há dados limitados sobre a densidade e características das lojas de vape em países de baixa e média renda com regulamentações restritivas. Este estudo não encontrou diferenças significativas nas vendas de cigarros eletrônicos entre países com regulamentações permissivas e restritivas. Portanto, sugere-se que, além de estabelecer políticas restritivas sobre a venda de cigarros eletrônicos, sua aplicação também seja monitorada. Países com medidas restritivas devem regulamentar com maior ênfase as vendas e a promoção de cigarros eletrônicos na internet.
Palavras-chave: Cigarros eletrônicos; política de saúde; marketing; redes sociais; controle do tabaco.