Jornal da Band faz especial sobre cigarros eletrônicos desconectado da ciência, mas conclui que a regulamentação é o melhor caminho

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A Redução de Danos do Tabagismo é um tema constantemente tratado pela grande mídia sem o devido respeito e cuidado, seja por falta de pesquisa adequada ou por defesa de alguma ideologia. O assunto é muitas vezes apresentado com informações equivocadas, quando não falsas, cujo espaço é frequentemente ocupado somente por quem tem uma narrativa contrária ao tema.

Isso não é exclusividade do Brasil e um fenômeno que contribui para uma percepção equivocada da população sobre os potenciais riscos dos produtos, principalmente cigarros eletrônicos, com a maioria das pessoas pensando se tratar de produtos tão ou mais prejudiciais do que os cigarros, o que é falso e contamina não só a opinião pública, mas a de médicos e legisladores, causando um grande impacto negativo na sociedade.

Não temos dados do Brasil, mas por aqui a história é muito parecida com os EUA, onde há uma clara transição na percepção de riscos de 2012 a 2020, em que o percentual de pessoas que corretamente achavam que os cigarros eletrônicos são “muito menos prejudiciais” caiu de 8.3% para 1.1%, as que consideravam os produtos apenas “menos prejudiciais” saiu de 29.9% para 8.7% e as pessoas que percebiam os produtos como “iguais ou piores do que os cigarros” saíram de 37% no total para 65.9%.

A grande mídia teve um papel fundamental nessa transição, adotando uma postura alarmista e sensacionalista, sem se preocupar em checar fontes ou oferecer um debate adequado ao assunto.

O Vaporaqui sempre se colocou à disposição para fornecer aos jornalistas material de referência, para que suas pautas sejam embasadas na ciência e não nos interesses de organizações ou em lobby, cujos objetivos não estão alinhados com os consumidores ou com a saúde pública.

Independente de opinião, há fatos que não podem ser ignorados, mas infelizmente além de falhar na pesquisa da pauta, a grande mídia tem dado espaço para somente uma narrativa, a da proibição do comércio dos produtos no Brasil.

Neste artigo fazemos uma análise crítica da série especial de 3 capítulos sobre cigarros eletrônicos veiculada no Jornal da Band nos dias 26, 27 e 28 de Abril de 2023.

Vaporaqui foi consultado antes da reportagem

Recebemos um contato por e-mail da jornalista e produtora do Jornal da Band, Sra. Paula Marolo Pasqual Salgado, explicando que estava sendo produzida uma série especial sobre cigarros eletrônicos, cuja pauta seria abordar os caminhos possíveis para a regulamentação do mercado desses produtos.

O e-mail diz que a conclusão da produção do jornal foi a mesma de muitos países, que a proibição dos cigarros eletrônicos não é o melhor caminho, já que essa abordagem tem criado um mercado ilegal e um consumo sem qualquer controle em todos os casos em que é aplicada. Um caso emblemático é o dos Estados Unidos, que durante o período sem regulamentação dos produtos sofreu com o uso indiscriminado pelos jovens e só passou a resolver o problema após criar regras claras e um processo de registro sanitário.

Muitas nações foram além e rapidamente regulamentaram o comércio e hoje até incentivam o uso dos produtos por adultos fumantes, como é o caso da Inglaterra que recentemente divulgou um plano para distribuir 1 milhão de cigarros eletrônicos gratuitamente. Por lá alguns dos resultados colhidos são a queda acentuada do tabagismo e um menor índice de doenças atreladas ao fumo.

Em conversa com a produtora, o Vaporaqui repassou todas as informações necessárias para uma pauta técnica e científica, indicando material de pesquisa com referências de países como a Inglaterra, Suécia, Canadá, Nova Zelândia e muitos outros, material acadêmico independente e sem conflitos de interesses, também recomendando dois dos consumidores que foram entrevistados na matéria.

Mas o que vimos foi um conteúdo desconectado com o material recomendado e falta de imparcialidade, com entrevistas realizadas somente com representantes de organizações que desejam a proibição do comércio dos produtos no Brasil, sem oferecer qualquer contraponto ou convidar um especialista que apresentasse um lado oposto do debate.

Primeira matéria – 26 de Abril

A série começa mal ao divulgar uma informação duplamente falsa: que a “nicotina é uma droga que mata 1 pessoa a cada 6 segundos”. Temos um artigo completo sobre a substância aqui no site, material criado com ajuda de especialistas nacionais e internacionais, revisado por pares. Em resumo, a nicotina é uma substância que causa dependência e oferece riscos, porém muito baixos quando comparados com o tabagismo em si. As pessoas se viciam pela nicotina, mas morrem pelo monóxido de carbono e alcatrão.

O SNUS, tabaco oral inventado em 1820 na Suécia, foi o produto que permitiu que entendêssemos o que a nicotina faz ao organismo quando isolada dos cigarros, consumida através de outro método que não a combustão. Após décadas de pesquisa, já não há dúvidas de que a substância não causa grandes males à saúde.

Se a nicotina fosse tamanha vilã, a indústria farmacêutica deveria parar imediatamente de fabricar adesivos e gomas de mascar com nicotina, produtos aprovados e recomendados pela OMS – Organização Mundial da Saúde para combate ao tabagismo, vendidos livremente em farmácias sem a necessidade de prescrição médica, inclusive distribuídos pelo SUS nos programas para parar de fumar.

O Jornal da Band também errou na simples matemática básica. Se o objetivo era causar choque e colocar em perspectiva o tamanho do problema do tabagismo, o cálculo correto deveria ter sido feito com base nos dados oficiais da OMS, que nos diz que o tabagismo mata anualmente 8 milhões de pessoas no mundo, o que resulta em 1 morte a cada 4 segundos e não 6, o que é muito mais grave.

2.000 substâncias?

A reportagem continua, informando sobre supostas 2.000 substâncias que o vapor dos cigarros eletrônicos entregariam ao organismo de seus consumidores. Apesar de não oferecer qualquer referência, é um argumento conhecido e constantemente usado por proibicionistas, mas que nunca citam fontes. Provavelmente se referem à uma pesquisa realizada em Outubro de 2021, que apresentou dados de cromatografia líquida, o primeiro do tipo até então.

Esta pesquisa utilizou de uma análise extremamente sensível e complexa para encontrar todos os produtos e subprodutos de uma determinada amostra. Nela foram identificados quase 2.000 produtos químicos ao analisar 4 tipos diferentes de cigarros eletrônicos, o que foi amplamente coberto pela mídia, de maneira muitas vezes sensacionalista.

O que a reportagem esquece de mencionar (e quem usa deste argumento) é que não é surpreendente encontrar uma grande variedade de contaminantes orgânicos neste tipo de amostra. Na verdade, nós inalamos todo o tipo de moléculas apenas por andar nas ruas de grandes cidades, ao usar uma churrasqueira ou simplesmente fritar batata frita. Tudo depende do quão sensível for uma determinada análise do material, mas o que importa é a dose.

Mesmo que os cigarros eletrônicos possuam 2.000 substâncias em seu aerosol, o que define seus potenciais riscos e danos é a dose de cada componente. Em todas as pesquisas já realizadas comparando os produtos químicos presentes nos cigarros convencionais e nos líquidos para cigarros eletrônicos, os resultados mostram quantidades centenas ou milhares de vezes menores nos eletrônicos, mostrando que não são 100% seguros, porém oferecem um impacto muito menor na saúde.

pesquisa de 2021 é o único registro até o momento que cria esse argumento de “duas mil substâncias presentes no cigarro eletrônico” e está recheada de falhas. Os autores fizeram tudo o que poderiam ter feito de errado: usaram material de coleta propenso à lixiviação, não explicaram como controlavam a contaminação do ambiente (amostras em branco) e usaram um protocolo de inalação completamente inadequado: testar um dispositivo de alta potência com um fluxo de ar muito baixo, onde máquinas fizeram muitas tragadas em curto espaço de tempo, condições que tornam praticamente certo o superaquecimento do dispositivo e são irreais no consumo por um ser humano. À medida que a temperatura aumenta, várias reações moleculares se tornam ativas e assim cria-se uma grande variedade de compostos.

Fumante passivo

O primeiro episódio finaliza dizendo que a OMS declara que o aerosol dos cigarros eletrônicos expelido pelos consumidores conteria substâncias potencialmente tóxicas, fazendo alusão a um suposto “fumante passivo”. Essa informação é bastante contestada por especialistas no assunto.

O papel do “fumante passivo”, cujo termo técnico em Inglês é “secondhand e-cigarette aerosol – SHA” ou “exposição dos espectadores ao aerossol de cigarro eletrônico” em tradução livre, está sendo estudado e vários trabalhos já foram realizados.

Apesar de não existir ainda um consenso científico, não há qualquer evidência concreta de que a condição apresente riscos relevantes.

O órgão Cancer Research UK do Reino Unido declara que “Não há boas evidências de que o vapor passivo dos cigarros eletrônicos seja prejudicial. Como os vapes ainda são relativamente novos, não podemos ter certeza de que não haja efeitos a longo prazo para as pessoas que respiram o vapor de outra pessoa. Mas é improvável que isso seja prejudicial. Vaping passivo não é o mesmo que fumante passivo. Isso ocorre porque os cigarros eletrônicos não contêm tabaco.”

Um estudo recente conduzido na Europa foi publicado na revista científica Science Direct analisou dados de quatro países (Grécia, Itália, Espanha e Reino Unido) em 2019 e comparou residências que tinham a presença de consumidores de cigarros eletrônicos com grupos de controle compostos por casas sem a presença dos produtos. Em ambos os casos não havia o consumo de cigarros convencionais.

A conclusão do estudo foi de que “Não houve diferenças significativas nas concentrações de nicotina e partículas de matéria no ar medidas nas residências dos usuários de cigarros eletrônicos e nas residências de controle durante uma semana.”

Segunda matéria – 27 de Abril – EVALI

O segundo episódio da série especial é dedicado quase que exclusivamente a EVALI, que mais uma vez aparece na mídia em uma suposta ligação com os cigarros eletrônicos de nicotina, o tipo consumido no Brasil, o que é falso.

A EVALI não é uma doença causada pelos cigarros eletrônicos e sim um caso de contaminação pontual e já solucionada, causada por um produto tóxico usado por organizações criminosas dos EUA para diluir produtos falsificados de óleo da maconha.

Temos um artigo completo sobre o caso, mas em resumo, a EVALI – E-Cigarette or Vaping Product Use-associated Lung Injury foi uma doença que hospitalizou mais de 2800 pessoas e causou a morte de outros mais de 60 pacientes nos Estados Unidos entre 2019 e 2020.

Após investigações lideradas pelo CDC – Center for Diseases Control and Prevention, órgão americano responsável por tratar de qualquer ameaça à saúde do país, foi descoberta a causa, o Acetato de Vitamina E, um produto tóxico quando inalado e presente em todas as amostras de pacientes que sofreram com a condição.

Ao buscar a origem do problema, o Acetato de Vitamina E foi encontrado exclusivamente em produtos falsificados de óleo concentrado de THC, substância psicoativa da maconha. Nos EUA o consumo de maconha é permitido em diversos estados e desde 2012 são comercializados vaporizadores específicos para o consumo de um óleo concentrado do produto, que até então não havia apresentado qualquer problema em seu consumo, até o surgimento da EVALI.

Apesar de compatíveis, os produtos para consumo de THC são fundamentalmente diferentes daqueles utilizados em larga escala no Brasil, que possuem exclusivamente nicotina. A única coisa em comum entre os produtos é o uso do sistema de vaporização.

Cartuchos tanto de nicotina quanto de óleo de THC podem ser usados no mesmo aparelho

A regulamentação do consumo de maconha nos EUA não é federal e sim estadual, com muitos estados permitindo a venda e o consumo, inclusive recreativo, tanto da erva quanto de subprodutos como os óleos concentrados de THC. Nestes estados a fabricação e a oferta são realizados sob regras claras de segurança e fiscalização sanitária. Em contrapartida, muitos estados proíbem a venda e o consumo, o que resulta em um ambiente propício para o comércio ilegal.

E foi exatamente através de uma iniciativa criminosa, que sem qualquer conhecimento técnico adequado ou preocupação com a segurança dos consumidores, usou o Acetato de Vitamina E como diluente na fabricação de cartuchos falsificados de THC, devido ao seu baixo custo.

“Vaping Bad: Eram dois irmãos de Wisconsin os Walter Whites do óleo de THC?”

Após as prisões e com mais informações coletadas, o CDC divulgou nota oficial atrelando a doença EVALI exclusivamente à presença de Acetato de Vitamina E nos cartuchos de THC falsificados, o que deixou claro que não houve qualquer responsabilidade dos produtos de cigarros eletrônicos que utilizavam líquidos exclusivamente com nicotina.

Para se colocar em perspectiva, é quase certo que ainda hoje existam cartuchos de THC sendo falsificados nos EUA, mas como tais iniciativas criminosas aprenderam com o erro e não utilizam mais o Acetato de Vitamina E para diluir os produtos, não foram registrados mais casos de EVALI, afinal de contas é bem diferente arriscar ser preso por falsificação de produtos do que ser responsável por hospitalizações em massa e dezenas de mortes.

Durante a crise, um total de 84% dos pacientes acometidos pela doença admitiu terem usado produtos contendo THC, porém 16% declararam que fizeram uso exclusivo de produtos com nicotina. Isso contribuiu muito para que a doença fosse ligada aos cigarros eletrônicos como um todo, independente do tipo de líquido consumido. O fato da EVALI ter direta ligação com produtos ilegais justifica o motivo de alguns pacientes terem declarado o uso exclusivo de nicotina, caso contrário estariam admitindo um crime.

O Dr. Scott Aberegg, médico pneumologista da Universidade de Saúde de Utah que tratou muitos pacientes de EVALI, fez uma declaração muito interessante em entrevista para a CNBC sobre o assunto:

“É capaz que existam apenas dois tipos de pessoa que contraem esta doença: aqueles que usaram cartuchos de THC e aqueles que não admitem.

DR. SCOTT ABEREGG, PNEUMOLOGISTA DA UNIVERSIDADE DE SAÚDE DE UTAH

Até hoje não há nenhum caso documentado de EVALI em pacientes que utilizaram exclusivamente produtos para vaporização contendo somente nicotina.

O próprio CDC divulga em seu site oficial que “Os cigarros eletrônicos têm o potencial de beneficiar fumantes adultos que não estão grávidas se forem usados ​​como substitutos completos dos cigarros comuns e de outros produtos de tabaco fumados.”

Um excelente documentário que pode ser consultado sobre o assunto é o “Vaping Demystified” produzido por um instituto de pesquisa sobre o Câncer na Inglaterra.

Cientistas do mundo todo já foram à público solicitar aos EUA que corrijam o nome EVALI, cuja sigla causa desinformação à respeito das reais causas da doença, em uma carta assinada por 75 especialistas.

Um artigo de Clive Bates discorre em detalhes sobre todos os problemas acerca da EVALI e sugerimos a leitura.

“A atribuição do vaping de nicotina como causa do EVALI deve parar. O termo EVALI é enganoso e deve ser retirado e substituído. Os comunicadores de risco devem assumir sua responsabilidade de corrigir as falsas percepções residuais de risco. Deve haver uma investigação objetiva sobre como o EVALI foi tratado.”

Clive Bates, ex-funcionário público sênior e diretor de ação sobre fumo e saúde do Reino Unido

Terceira matéria – 28 de Abril – regulamentar é o melhor caminho

O Jornal da Band finaliza sua série especial deixando claro que a regulamentação do comércio dos cigarros eletrônicos no Brasil se faz necessária.

Sem regras claras para fabricação e venda, são possíveis iniciativas como as apresentadas na matéria, que oferecem produtos que são claramente destinados a crianças e não a adultos fumantes.

Em mercados regulados, como acontece em mais de 80 países, isso não acontece, graças a fiscalização e imposição de diretrizes para comercialização dos produtos, como é o caso da Inglaterra, que não apenas aceita os cigarros eletrônicos, como incentiva seu uso por fumantes. Desde 2014 o país desenvolve pesquisas à respeito da redução de danos à saúde na troca dos cigarros convencionais pelos eletrônicos e declara que são produtos 95% a 99% menos prejudiciais, tendo apenas uma fração dos riscos de fumar.

Além de adicionar os cigarros eletrônicos em sua rede pública de saúde, a reportagem mostra que o país recentemente lançou um programa inédito no mundo para distribuir gratuitamente 1 milhão de cigarros eletrônicos para adultos fumantes.

A série especial finaliza mostrando comerciantes que querem trabalhar com os produtos, recolhendo impostos e atuando dentro das futuras normas sanitárias que a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária possa estabelecer. A agência, através de entrevista com seu presidente Sr. Antonio Barra Torres, prometeu uma resposta sobre uma possível regulamentação ainda esse ano.

A última pessoa entrevistada foi Gonzalo Vecina, ex-presidente da ANVISA, que concorda que a regulamentação vai acabar acontecendo de qualquer forma a médio prazo, pois não há forma de impedir a convivência com os cigarros eletrônicos e a escolha de estabelecer limites no comércio dos produtos é muito mais adequada do que optar pela total ilegalidade sem qualquer controle.

Somente quem é contra foi entrevistado

Mostrando falta de imparcialidade, a reportagem especial do Jornal da Band entrevistou somente quem é contra a regulação do comércio de cigarros eletrônicos no Brasil, sem qualquer contraponto.

A primeira que figura é Jaqueline Scholz, médica bastante vocal sobre o assunto, responsável por um projeto para parar de fumar que usa exclusivamente terapia comportamental e apoio medicamentoso, cujo investimento para quem quer participar do programa é de milhares de reais.

A segunda pessoa entrevistada foi Adriana Carvalho, diretora jurídica da ACT – Promoção da Saúde, uma das empresas privadas mais envolvidas no lobby para manter a proibição do comércio dos cigarros eletrônicos no Brasil. A organização recebe apoio da Vital Strategies, instituição internacional ligada à Bloomberg Philanthropies, que já injetou mais de 1 bilhão de dólares no mundo e prometeu outros 420 milhões para os próximos 4 anos, destinados especialmente para países de baixa e média renda como o Brasil. O objetivo é financiar uma campanha contra o consumo de nicotina, mesmo aquele feito através de produtos de menor risco e destinados a reduzir os danos à saúde nos fumantes adultos, como os cigarros eletrônicos.

O terceiro entrevistado pelo Jornal da Band é Paulo Corrêa, que aparece em vários momentos da série especial. Ele é pneumologista e também ligado a ACT. O médico inclusive já demonstrou falta de conhecimento básico sobre o assunto ao divulgar informações falsas na TV em uma entrevista que diz que os consumidores estão sujeitos a inalar os metais pesados das baterias, o que é simplesmente impossível.

Nenhum contraponto foi oferecido e não há entrevista com qualquer outro personagem que ofereça uma narrativa diferente. No Brasil há muitos profissionais e especialistas que poderiam contribuir com o conteúdo da matéria, para citar apenas alguns: Dra. Silvia Cazenave, Dra. em toxicologia e Mestra em análise toxicológica FCF/USP, Dra. Mônica Gorgulho, psicoterapeuta e especialista em redução de danos, Dr. Rodolfo Behrsin, pneumologista e também especialista em redução de danos, sem mencionar Alexandro Lucian, criador do projeto Vaporaqui.net, jornalista independente e especialista no assunto, além de consumidor.

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