Análise do CDC conclui que o vapor dos cigarros eletrônicos não oferece riscos a terceiros

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Um relatório divulgado pelo Governo Americano analisou o ar presente em uma Vape Shop (loja especializada na venda de cigarros eletrônicos), onde o uso dos produtos é permitido em ambiente fechado e cuja frequência e volume de uso são consideráveis, e concluiu que os níveis de potenciais substâncias tóxicas foram irrelevantes e comparáveis ao ar livre.

O órgão americano responsável pela segurança na saúde (NIOSH) divulgou, neste mês de julho de 2017, o relatório chamado “Avaliação da Exposição Química em um Vape Shop”, de uma série de análises realizadas em Janeiro de 2016. O vape shop fiscalizado não foi identificado.

NIOSH é uma subdivisão do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma agência do Departamento de Saúde americano. Sua missão é “Desenvolver novos conhecimentos no campo da saúde ocupacional e transferir esse conhecimento para a prática.” A agência ainda afirma que “todo homem e mulher na nação americana deve ter condições de segurança e saúde no trabalho, para preservar nossos recursos humanos”.

O que eles estavam procurando no ar?

Segundo o relatório, a agência realizou as análises à pedido do dono do estabelecimento. Essas análises foram feitas com o objetivo principal de avaliar o potencial risco de exposição dos funcionários aos químicos relacionados ao uso dos cigarros eletrônicos no ambiente interno.

“Nosso trabalho envolveu: (1) coletar amostras específicas de químicos de essências alimentícias presentes no ar que são relacionados a doenças respiratórias; (2) amostras do ar para detectar: nicotina, propileno glicol, formol, e outros compostos orgânicos voláteis; (3) coletas nas superfícies das bancadas de trabalho para detectar metais pesados e nicotina; e (4) observar as práticas de trabalho.”

A loja tem aproximadamente 300 metros quadrados, dez funcionários e funciona apenas durante o dia.

Os fiscais coletaram amostras de ar em diferentes espaços, testando a presença de Diacetyl, Acetil Propionil, Acetonina, Acetil buritil, Etanol e Formol, todas substâncias potencialmente tóxicas. Eles também procuravam pelos níveis de nicotina, Propilenoglicol e compostos orgânicos voláteis no ar.

O que foi encontrado?

Todas as amostras de ar resultaram em valores muito abaixo dos limites tolerados.

O resultado das amostras de ar que foram coletadas durante um dia inteiro de trabalho, no lounge, na área de vendas e manipulação de juices, através de tubos de sílica estão apresentados na Tabela 3. Diacetil, Acetil Propionil, Acetil Buritil e Acetonina não foram detectadas no lounge. Nas amostras de ar coletadas na área de manipulação de líquidos, foi detectado Acetil Propionil, mas foi impossível quantificar, pela quantidade ser tão pequena. Não detectamos nenhuma concentração de nenhum outro químico nas amostras

Formol foi encontrado em duas das oitos amostras coletadas, abaixo da metade do limite recomendado pela própria agência. Os outros químicos analisados foram muito abaixo ou em níveis impossíveis de quantificar. “Concentrações muito baixas de formol existem em todos os ambientes fechados proveniente da pintura dos móveis, das roupas e de outros materiais comuns de uso cotidiano” explica o relatório.

Vários outros compostos foram detectados em níveis extremamente baixos, sendo difícil de quantificar. Nicotina, compostos orgânicos, cálcio, cobre, ferro e potássio, além de cromo, magnésio, nickel, fósforo, estrôncio e telúrio.

“Alguns dos elementos que detectamos são encontradas no suor humano (cálcio, potássio, magnésio e fósforo)” afirma o relatório, o que pode justificar sua presença.

Todas as outras análises de químicos relacionados ao vapor que foram detectadas estão muito abaixo dos níveis permitidos, sendo irrelevantes

Esse relatório é uma grande evidência de que o vapor exalado pelos consumidores de cigarros eletrônicos não oferecem riscos a terceiros, o que poderia ser considerado como um “fumante passivo”.

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